Mulheres Comprometidas na Sisley em Todo o Mundo

O que a fez envolver no trabalho voluntário?

Desde cedo que tive a sorte de viajar até Sumba uma ilha muito pobre na Indonésia, onde descobri a Fundação Sumba. Fiquei bastante emocionada com o trabalho que faziam com as pessoas mais vulneráveis. A malária é uma das maiores causas de morte nos países em desenvolvimento, afetando principalmente crianças e grávidas. Ao continuar a apoiar estas causas, poderemos ver a malária a ser completamente erradicada destas regiões durante a nossa vida. Acho isto extremamente encorajador!



E de que forma assume o seu trabalho voluntário?

Na universidade, juntei-me à organização One for the World (OFTW) e co-presidi a sua filial na Colômbia. A One for the World encoraja as pessoas a doarem 1% dos seus rendimentos anuais a causas eficientes, tal como a Against Malaria Foundation e GiveDirectly. Em parceria com o instituto de pesquisa GiveWell, a OFTW atualiza o seu portfólio a cada ano para incluir as causas com maior impacto. Isto parece-me uma abordagem muito sensata.

Como podem outros ajudar a sua causa?

Estou convencida de que todos podem ajudar! Se estiver interessado no trabalho da OFTW, não hesite em espreitar o portfólio variado de instituições que esta apoia. Há algo para cada sensibilidade.

https://www.1fortheworld.org/donate

Que conselho daria aos leitores que podem estar a pensar em envolver-se em trabalho voluntário?

Recomendo Find Me Unafraid: Love, Loss and Hope in an African Slum, um livro muito comovente da Jessica Posner e da Kennedy Odede, as fundadoras da Shining Hope for Communities, uma organização sediada no Kénia que faz um trabalho fantástico no terreno com as comunidades mais pobres e avalia constantemente as suas ações para garantir que continua a ajudar as pessoas da maneira mais eficiente possível.

O que a fez um dia envolver-se?

O meu filho teve problemas sérios de saúde que levaram a uma hospitalização súbita.

Descobri o mundo de hospitais pediátricos em França que, na minha opinião, operam a duas velocidades: medicina de alta qualidade mas conforto terrível. Decidi então doar a associações cujo objetivo é melhorar a vida diária de crianças hospitalizadas... Este foi o primeiro passo num compromisso de voluntariado... mas ainda não estava preparada para estar mais envolvida em atividades de voluntariado de um ponto de vista operacional.

Como deu o salto?

Bem, um dia, perdi o meu emprego... por isso não tinha mais dinheiro para doar mas sim muito tempo...!

Tudo partiu de um espírito ligeiramente egoísta, que consistia em querer pagar a dívida que tinha ao hospital que salvou a vida do meu filho. Depois, rapidamente me apercebi de que podia ajudar e tive a ideia de que podia trazer uma pedra para o edifício, mesmo que fosse pequena...

Pode explicar-nos qual é o seu compromisso?

Fiz uma animação com um grupo voluntário de oficinas artísticas no hospital Necker em Paris para crianças que estavam a sofrer de doenças autoimunes. A cada semana tínhamos um tema diferente, com pinturas, colagens, desenhos.

Foi extraordinário ver a calma das crianças após a sessão e vê-las sair orgulhosas das obras de arte que criaram. Isto reforça a sua auto-estima, que é prejudicada pela doença. E correndo o risco de parecer um clichê, o sorriso de uma criança vale ouro...

Como pode cada um ajudar?

Toda a gente pode ajudar com sacrifício e generosidade de qualquer tipo (com doações a associações, participação em operações específicas, organização de angariações de fundos).

Pessoalmente, este ano, tenho vários projetos de voluntariado em mente, porque simplesmente adoro.

Particularmente, gostaria de realizar uma angariação de fundos com família&amigos para esta pequena associação para a qual me voluntareei: Mona.

O que a fez envolver-se no trabalho voluntário?

Dar o seu tempo a crianças que necessitam dele pode por vezes ser mais valioso do que doar dinheiro; também pode ser mais gratificante para o dador proporcionar algo extra que pode vir a ser tão benéfico.

E de que forma assume o seu trabalho de voluntariado?

É com esse espírito que passo tempo e partilho os meus conhecimentos com as crianças da escola Watchomnimit. Estas crianças não têm a sorte de poder frequentar escolas normais, devido aos seus resultados académicos. O programa especial que esta escola nos arredores de Bangkok oferece permite-lhes desenvolver as suas habilidades e expandir os seus horizontes, proporcionando verdadeiras perspectivas de integração.

Como podem outros ajudar a sua causa?

O nosso projeto começou há 14 anos, com crianças e adolescentes na escola Watchomnimit. Ao doar tempo e dinheiro, e ao falar sobre as nossas causas com pessoas à nossa volta, podemos realmente fazer a diferença para aqueles que mais precisam. Os nossos esforços combinados podem acabar por ser um excelente catalisador para mudar o mundo à nossa volta.

Há algum evento específico ligado à causa que apoia no qual vai estar envolvida em 2022?

Em 2022, vamos continuar a lançar programas específicos para desenvolver habilidades profissionais para crianças e as suas famílias. Esperamos contribuir para o empoderamento das mulheres em cada nova geração, para que estas se possam tornar mais independentes e levar uma vida mais feliz e realizada.

O que fez com que um dia se envolvesse?

Como mulher, acredito que o empoderamento sempre foi um tema muito próximo e sensível para mim. É muito bonito ver a força e mudanças que a união das mulheres pode trazer ao mundo. Trabalhar numa empresa onde a grande maioria dos colaboradores são mulheres deixa-me extremamente orgulhosa e inspira-me a criar campanhas de inclusão e empoderamento.

Pode explicar-nos qual é o seu compromisso?

O meu compromisso é criar sempre ambientes acolhedores para as mulheres se expressarem sobre discussões importantes. Tenho a sorte de ser a responsável de comunicação da Sisley no Brasil, para poder espalhar esta mensagem através de influencers, da imprensa e canais digitais. Desta maneira podemos quebrar estereótipos e cuidar uns dos outros. No Brasil, apoiámos uma ONG feminina para o tratamento do cancro da mama e conseguimos ver os resultados desta união de perto.

Como pode cada um ajudar?

Acredito que a melhor maneira de ajudar é estar disponível para ouvir as mulheres. Desta maneira podemos ajudar a disseminar este conhecimento no seu ciclo social, no seu emprego. Ao estarmos envolvidos, estamos mais abertos a criar projetos, oportunidades e discussões.

Uma mulher que a inspira?

A Juliana Ferraz é uma mulher que me inspira verdadeiramente. É uma influencer Brasileira, uma empresária de sucesso (sócia numa das maiores empresas de entertenimento e comunicação do país) que lutou durante toda a sua vida jovem e adulta contra a pressão da sociedade em relação ao estereótipo feminino perfeito (pele bonita, corpo magro). Ao longo dos últimos dois anos decidiu dar voz e tornou-se numa ativista do movimento de positividade do corpo, abrindo portas a várias mulheres e marcas para discutir o tema. É também um desejo meu que as mulheres se sintam fortes e capazes de fazer a diferença. A Juliana é também uma modelo a seguir para outra causa muito importante para mim: a inclusão das mulheres no mercado laboral, especialmente em posições de liderança.